A morte é sempre prematura

Brasília, 50º aniversário / Foto JR

Há um luto generalizado quando morre um jovem. Quem tem filhos e vai enterrar o filho de um amigo sente uma angústia que ultrapassa a normal partilha social da dor quando morre alguém chegado a alguém que nos é chegado. Nos casos em que a morte inesperada é demasiado prematura o vazio é maior e nem nos consola, minimamente, a ideia de que fica sempre jovem, na nossa memória, quem morre jovem. Ficará, mas isso não compensa o elevado preço que todos aqueles que ainda ficam por cá pagam.