Memórias em Outono quente

Rio Tinto 2012 / Foto JR

Acabei de evocar, numa crónica que o semanário de Gondomar "A Manhã" publicará quinta-feira, dia 29 de Novembro, uma frase que li, há mais de 40 anos, numa das paredes da sala de ensaios do Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC) quando, nos idos de Novembro de 1971, o grupo ensaiava em instalações emprestadas, no velho edifício dos Gerais, por força do encerramento (como castigo político aplicado pelo Governo da ditadura contra os estudantes) das instalações da Associação Académica de Coimbra onde o TEUC tinha espaço próprio - "avalia-se um homem pela natureza das coisas que o aborrecem". Quarenta anos depois, representado que está o "Despertar da Primavera" e outros "Woyzecks", essa frase continua oportuna e nem os outonos quentes a envelhecem.