Um piano numa residência literária

Piano em tela consagrada /Foto JR

Se alguma vez, como sonho, vier a desenvolver algum trabalho no âmbito de uma residência literária que me acolha e acarinhe e para a qual eu esteja disponível, irei gostar que tal experiência possa desenrolar-se num lugar onde haja um bar com um piano velho, sem cauda, sempre fechado, um piano de estudo que sirva de balcão  para pousar um copo e para, noite dentro, encostar o corpo já meio cansado, quando os olhos ficam mais pequenos a medir um desejo.