Esta vontade de ser manda chuva
13.nov.2015, Treze sexta-feira em Beverly Hills
Numa instalação, já vista em Londres, New York e Shanghai, desenvolvida por artistas e técnicos aos serviço da Hyundai, recriou-se, numa área susceptível de ser apresentada em museus, uma espécie de tunel onde chove permanentemente mas onde a passagem de um ser vivo faz abrir clareiras. Mesmo considerando os salpicos que esta chuva poderá deixar cair sobre quem ali passe, julgo impossível de superar a sensação de ficar todo molhado e de chapinhar na água, sob uma chuva tropical. Menos tecnologicamente sofisticado é o desafio, para salas de espectáculos preferencialmente pequenas, que os músicos Naná de Vasconcelos e Lui Coimbra fazem, com grande efeito, quando projectam imagens do Rio Amazonas e convidam os espectadores a bater palmas a um ritmo previamente ensaiado - parece mesmo que estamos a navegar no Amazonas à chuva. É bem verdade que nascemos da água.