"Amor de uma viagem nocturna"

Alma mediterrânea / Foto JR

"(...) amor de uma viagem nocturna  (...)". O verso é de Eugénio de Andrade e foi publicado, pela primeira vez, em 1951, no livro "As palavras interditas". Anos mais tarde, mais precisamente em 1969, aparece em Luanda, numa instalação de José Guimarâes, com uma ligeira nuance - Guimarães escreve duma e não de uma. "Amor duma viagem nocturna". Como diz Nuno Judice num prefácio à reedição conjunta de "As palavras interditas" e de "Até amanhã", estes são livros em que se encontra "aquilo que fez, e faz, de Eugénio de Andrade, o mais luminoso e claro dos nossos poetas do século XX". As palavras também emprestam luz às cores e fazem pontes entre sensibilidades várias, como descobriu, recentemente, a minha filha, que apenas tem 22 anos e está a iniciar um mestrado em ilustração.