Declaração para memória futura

Estação Central de Maputo, 2012 / Foto JR

Hoje fui à procura de um dos meus primeiros brinquedos (uma locomotiva em madeira), uma peça quase artesanal que tinha trazido de casa dos meus pais para a reaproveitar numa "assemblage" qualquer. Gostava tanto dessa máquina de comboios de brincar que queria dar-lhe uma nova vida e proporcionar-lhe a possibilidade de me transportar à infância sempre que olhasse para ela. Infelizmente desapareceu. Resta-me declarar para memória futura que quando e se algum dia vier a sofrer de uma qualquer doença demencial será oportuno lembrar que já em Dezembro de 2012 não sabia bem que rumo tinha sido dado a uma velha locomotiva de madeira.