Estrondo a mil milhões de anos som

Relógio do Arco da Rua Augusta (pormenor) JR /2016

Atrevidamente, como já confessei, dei por mim a tentar escrever à maneira de António Gedeão. Tudo por causa destas novidades recentes em torno das ondas gravitacionais que Einstein anunciou há um século e agora foram finalmente ouvidas.  Chamei estrondo ao texto, de suposta matriz poética, que escrevi, esperançado, contudo, que Rómulo Vasco da Gama de Carvalho, o cientista que assinava António Gedeão quando escrevia poesia, não o leia, lá na galáxia para onde se retirou vai fazer dezanove anos no próximo dia 19. Talvez lá não haja (ou tenha deixado de haver) internet. Aí vai o estrondo - Esse tão leve barulho // agora chegado à Terra // foi um choque de buracos // há mil milhões de anos som. // - Mais mês, menos mês.