Início de uma não comunicação

Relógio da Estação de Viana / Foto JR

Havia um jornalista que chegava muito cedo à Redação, colocava o casaco nas costas da cadeira, acendia o candeeiro que projectava luz sobre a máquina de escrever, espalhava alguns papéis na secretária, vestia um segundo casaco que tinha de reserva e saía para ir assinar o ponto noutro jornal. Dificuldades de antigamente. Agora basta ligar o computador, ir ao gmail e verificar se estamos no "chat" referenciados a verde - ninguém desconfiará do nosso eventual silêncio.