Ninguém quer ficar triste na fotografia
12.jul.2017, Dia do Engenheiro Florestal (pelo menos no Brasil)
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Há dias, alguém reparou no olhar triste do Manequim do Mar, um manequim trabalhado pelo pintor José Emídio no âmbito de um desafio colocado a vários artistas pela Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto. Nunca tinha reparado na tristeza daquela escultura, talvez por sempre a olhar apenas como um manequim, maquilhado, e não como uma peça escultórica que realmente é. Mas olhando-a com olhos de ver, acabei reconhecendo que o Manequim do Mar tem um olhar triste, sendo certo que essa tristeza, recriada pela intervenção de José Emídio, é a exacta medida da obra de arte em que se transformou aquele manequim produzido em série numa fábrica de manequins. Na sequência desta observação, comecei o olhar melhor para muitas manifestações de arte que vivem na cidade, muitas delas também de alma triste, embora ninguém queira ficar triste aos olhos dos outros.